PESQUISA  
 
Nesta Edição
Todas as edições


CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Para Bacheschi, no haverá sistema de saúde sem recursos suficientes e sem que os médicos sejam tratados com dignidade


ENTREVISTA (JC pág. 3)
Haino Burmester fala sobre a 2ª edição do Manual de Gestão Hospitalar, do qual foi organizador


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Encontro buscou maior alinhamento dos objetivos internos da instituição


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Exame Cremesp 2010: inscrições podem ser feitas presencialmente ou pela internet


ATIVIDADES 3 (JC pág. 5)
Alimentos transgênicos: segurança e consumo na visão de um especialista no assunto


ATIVIDADES 4 (JC pág. 7)
Encontros sobre Bioética Hospitalar reúnem público recorde na capital e no interior


XII ENEM (JC págs. 8 e 9)
Representantes médicos de todo o país unidos pela qualidade na saúde


ARTIGO (JC pág. 10)
A missão, função e compromissos dos médicos conselheiros


GERAL 1 (JC pág. 11)
A substituição do papel no preenchimento do prontuário médico


CFM (JC pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


GERAL 2 (JC pág. 13)
Acompanhe a participação do Cremesp em eventos importantes para a classe


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GALERIA DE FOTOS



Edição 272 - 07/2010

ENTREVISTA (JC pág. 3)

Haino Burmester fala sobre a 2ª edição do Manual de Gestão Hospitalar, do qual foi organizador


“As organizações que vão perdurar com qualidade são as que introjetaram esse conceito em seu DNA”

O processo de Certificação Hospitalar permite avaliar e promover melhorias contínuas do atendimento em saúde para os hospitais. Para explicar a importância do Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – programa de certificação hospitalar, de adesão voluntária, mantido pelo Cremesp e pela Associação Paulista de Medicina (APM) –, o Jornal do Cremesp convidou o médico Haino Burmester (foto). Mestre em Medicina Comunitária pela Universidade de Londres, chefe de gabinete da Superintendência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – Fmusp) e coordenador do núcleo técnico do Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) do hospital, Burmester fala também sobre a 2ª edição do Manual de Gestão Hospitalar do CQH, organizado por ele.


Como o processo de Certificação Hospitalar começou no Brasil?
Iniciamos o Programa de Certificação Hospitalar CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar) há quase 20 anos, na APM e no Cremesp. O objetivo não era só conferir o selo de qualificação por meio da avaliação dos hospitais, mas divulgar um modelo de gestão. Com o passar do tempo, o programa ganhou abrangência nacional e tem contribuído para a melhoria contínua da qualidade do atendimento nos serviços de saúde, mediante uma metodologia específica, que pouco a pouco é incorporada às práticas gerenciais. Anos depois, a Organização Panamericana da Saúde (Opas) sugeriu um programa de certificação ou de acreditação e éramos os únicos com essa experiência no Brasil, por isso começamos a desenvolver um Programa Nacional de Acreditação.

Como é realizada a avaliação dos hospitais?
Sempre tivemos uma postura muito clara com relação à ética desse processo, porque ele pode ser corruptível. Por isso, sempre estabelecemos, como condição fundamental, não dar consultoria para os hospitais e depois certificá-los. Pela experiência que temos, se queremos realmente contribuir, precisamos promover qualidade e mobilizar as forças vivas do hospital, da entidade, da organização; desde que de forma genuína, verdadeira, honesta e transparente. Notamos que as organizações que vão perdurar realmente com qualidade não são as que se preparam para a nossa visita, mas aquelas que introjetaram a preocupação com qualidade em seu DNA.

O que é preciso para o hospital obter a certificação?
Para um hospital ter qualidade ele precisa de duas coisas básicas: um modelo assistencial claro e definido, que hoje a maioria dos hospitais possui. Ou seja, define-se um caminho em que serão concentrados esforços para atender com qualidade, avaliando tipos de atendimento a pacientes do setor privado, do Estado, de organização social etc. Outro ponto importante é adotar um modelo de gestão definido, que, quando bem aplicado, garante qualidade. 

O que traz a 2ª edição do Manual de Gestão Hospitalar do CQH?
Não focamos muito a questão da obtenção do selo de certificação, o que queremos realmente é passar a visão do nosso modelo de gestão para os hospitais. Isso está bem especificado no manual, com vários exemplos de sua utilização, muitos deles aplicados no Hospital das Clínicas e nos hospitais que participam do programa CQH. A ênfase é divulgar nosso modelo de gestão, que foi criado com base no da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Embora trazido dos Estados Unidos (Prêmio Malcom Baldrige, de excelência no desempenho), na verdade foi desenvolvido no Japão.

Basicamente, quais aspectos desse modelo são abordados?
O modelo de gestão adotado pelo programa CQH aborda basicamente oito elementos: liderança,  planejamento, relação com clientes, relação com a sociedade, gestão da informação, gestão de pessoas, gestão de processos e  resultados.

Qual a periodicidade do manual?
O manual tem uma versão da teoria e outra da prática. A da teoria deve ser publicada no final deste ano. A intenção é atualizar os manuais a cada dois anos, alternando teoria e prática.

Em que medida é necessária a aliança entre entidades médicas e sociedade para caminhar rumo à qualidade?
No fundo, algumas pessoas nos perguntam porque a APM e o Cremesp apoiam esse programa. Essas entidades são organizações médicas para servir à sociedade. Porque, de um modo geral,  os médicos se unem com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços de saúde. Se aprimorarmos a qualidade e a gestão, conseguiremos melhorar a eficiência dos serviços de saúde e, consequentemente, a condição do local de trabalho dos médicos.
A nossa missão é clara: queremos contribuir para a melhoria contínua da qualidade das organizações de saúde por meio de uma metologia específica.

É preciso ensinar gestão para os estudantes de medicina?
Precisamos introduzir no currículo médico de graduação algumas dessas noções de gestão, como já é feito aqui, no HC, principalmente por grupos de estudantes focados em algumas especialidades. Existe foco na administração da saúde, além de uma residência especializada em gestão hospitalar. Outras faculdades já estão começando a introduzir essas noções em suas grades curriculares.



Este conteúdo teve 89 acessos.


CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CNPJ: 63.106.843/0001-97

Sede: Rua Frei Caneca, 1282
Consolação - São Paulo/SP - CEP 01307-002

CENTRAL DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO
(11) 4349-9900 (de segunda a sexta feira, das 8h às 20h)

HORÁRIO DE EXPEDIENTE PARA PROTOCOLOS
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h

CONTATOS

Regionais do Cremesp:

Conselhos de Medicina:


© 2001-2024 cremesp.org.br Todos os direitos reservados. Código de conduta online. 566 usuários on-line - 89
Este site é melhor visualizado em Internet Explorer 8 ou superior, Firefox 40 ou superior e Chrome 46 ou superior

O CREMESP utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no site implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Cookies do CREMESP. Saiba mais em nossa Política de Privacidade e Proteção de Dados.