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CAPA

EDITORIAL (pág.2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Gilson Carvalho, especialista em saúde pública


GRAVIDEZ PROGRAMADA (pág.4)
Saúde da Mulher


HOMENAGEM (pág.5)
Médicos paulistas


ENSINO MÉDICO (págs. 6 e 7)
Cremesp divulga resultados do Exame 2011


MOVIMENTO MÉDICO (pág. 8)
A suspensão do atendimento atingiu 21 Estados


CARREIRA DE ESTADO (pág. 9)
Governo paulista promete plano de cargos e salários a médicos


SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 10)
Mais de 20 operadoras propõem negociações


ENCONTRO (pág.11)
Especialistas discutem preconceito à psoríase e vitiligo


CFM (pág. 12)
Coluna dos representantes de SP no Conselho Federal


WMA (pág.13)
Brasileiro preside Associação Médica Mundial


CARTÕES DE DESCONTO (pág. 15)
Código de Ética Médica proíbe qualquer tipo de parceria com funerárias


BIOÉTICA (pág. 16)
Publicidade médica: CEM e Codame


GALERIA DE FOTOS



Edição 287 - 11/2011

CFM (pág. 12)

Coluna dos representantes de SP no Conselho Federal


O ensino médico em xeque

Desiré Carlos Callegari*
desire@portalmedico.org.br

Esperamos que o II Fórum Nacional de Ensino Médico represente um marco definitivo no enfrentamento do problema

Qual o futuro da Medicina no país? Para responder essa questão, complexa em sua origem, não podemos ignorar que muito depende do empenho e do zelo com a qualidade do ensino oferecido aos novos profissionais. No Brasil, multiplica-se o número de escolas médicas, cujo total quase dobrou ao longo de dez anos. Contudo, na contramão, esse fenômeno não trouxe como resultado o desembarque de médicos com formação exemplar no mercado. Pelo contrário.

Infelizmente, a situação é comum de Norte a Sul. Os resultados das provas patrocinadas pelo Cremesp junto aos egressos dos cursos paulistas apontam para uma curva contínua de despreparo. Afinal, é culpa dos estudantes? Responsabilidade dos professores? Equívoco das escolas?

Nesta seara é difícil nomear apenas um bode expiatório. Temos um rebanho inteiro na sala. Numa rápida avaliação, podemos concordar com todas essas premissas e com um agravante: sua interação indevida.  Ou seja, a infeliz combinação desses fatores causa estragos que poderão ter efeitos graves em curto, médio e longo prazos.

O pior é que todos pagam a conta. De um lado, os pacientes, colocados a mercê de profissionais despreparados; de outro, toda a categoria médica, que corre o risco de ver sua credibilidade ir pelo ralo por conta dos equívocos deste ou daquele colega inábil técnica e eticamente.

O tema é caro ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que, no início de dezembro, será palco de importante debate que pretende colocar nos trilhos o trem do ensino médico. Juntos, representantes dos conselhos, da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), da Federação Brasileira das Academias de Medicina (FBAM) e dos Ministérios da Educação e da Saúde, entre outros, aprofundarão essa discussão.

Os médicos são parte interessada e não podem ficar à margem dos possíveis desdobramentos. Por meio de nossas entidades representativas, o monitoramento será feito para garantir que direitos – da sociedade, dos alunos, dos residentes e dos profissionais em atividade – sejam reconhecidos e respeitados.

Esperamos que o II Fórum Nacional de Ensino Médico represente um marco definitivo no enfrentamento desses problemas. As diretrizes resultantes serão a bússola para que possamos chegar no futuro como queremos: com médicos bem qualificados e aptos para o desafio da assistência, o que, certamente, será fundamental para a valorização da Medicina.

Em defesa do sistema público de saúde

Renato Françoso Filho*

A saúde pública deve ser defendida das práticas que a parasitam e se aproveitam da incompetência gerencial do sistema

Os médicos brasileiros vieram a público, em 25 de outubro, uma vez mais, levantar suas vozes para demonstrar preocupação com o sistema público de saúde nacional. Em cada Estado da Federação, as entidades médicas organizaram manifestações para alertar que, com seus 22 anos de existência, o SUS é o mais abrangente do mundo. Tornou-se essencial especialmente à população de menor renda, e não pode continuar a existir apenas contando com a boa vontade dos seus prestadores de serviço, médicos, hospitais e servidores.

A criação do SUS, em 1988, trouxe cidadania àqueles que antes eram tratados “de favor” pelos hospitais e pelo sistema de saúde curativo da época. Quem não contribuía para o Inamps, não tinha Funrural, estava desempregado ou não possuía renda, era atendido pelas Santas Casas e instituições filantrópicas como “indigente” e, deste atendimento, participavam os médicos sem nada receber. Idos tempos estes em que os médicos podiam se dedicar à doação social e eram remunerados de forma justa, complementada por honorários particulares. Mesmo as cooperativas e convênios médicos, que já operavam no mercado de saúde suplementar, nos remuneravam com valores hoje inimagináveis. Era a lei da compensação — parte da população era atendida graciosamente e outra, pagava pelo atendimento.

O problema é que a socialização da medicina brasileira se deu apenas às custas dos prestadores de serviço médico. Os laboratórios e a indústria farmacêutica e de equipamentos medico-hospitalares continuam a impor seus preços super valorizados ao SUS, contando com a conivência de setores interessados, tanto nos preços elevados quanto na intermediação da venda dos produtos. Eles são mais caros no Brasil que em outros países, inflacionados pelos impostos e desmandos administrativos em hospitais públicos e pelo interesse de instituições conveniadas ao SUS em repassar o preço majorado para tentar equilibrar as baixas diárias recebidas.

O SUS está subfinanciado. Esperamos que este quadro seja amenizado com a aprovação no Senado da regulamentação da EC 29, atribuindo percentuais de investimento nos níveis federal, estadual e municipal. No entanto, é preciso melhorar a gestão dos recursos para evitar o desperdício que ocorre principalmente na administração direta. E disto se ocupa a imprensa que, quase diariamente, denuncia esses desmandos.

Não é mais aceitável que apenas parte da sociedade, como médicos e profissionais de saúde, arque com esse custo social. A saúde pública deve ser defendida das práticas que a parasitam e se aproveitam da incompetência gerencial do sistema. É também isto que denunciam os médicos que recebem menos que um cafezinho por consulta no SUS.


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