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CAPA

EDITORIAL (Pág.2)
Mauro Gomes Aranha de Lima


ENTREVISTA (Pág. 3)
Jorge Kalil


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág.4)
Saúde da mulher


FORMAÇÃO MÉDICA (Pág. 5)
Cremesp Educação


SAÚDE PÚBLICA (Pág. 6)
Fosfoetanolamina


SAÚDE PÚBLICA 2 (Pág. 7)
Influenza


H1N1 - (Pág. 8)
Oseltamivir


DSTs - (Pág. 9)
DSTs


JOVENS MÉDICOS (Pág. 10)
Ameresp


EU MÉDICO (Pág. 11)
Horas da Vida


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág.12)
Bráulio Luna e Mauro Aranha


GESTÃO (Pág.13)
Rodízio de diretores


EDITAIS (Pág. 14)
Convocações


BIOÉTICA - (Pág. 15)
Aborto: limites e proibições


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Edição 335 - 04/2016

EDITORIAL (Pág.2)

Mauro Gomes Aranha de Lima


     A saúde em situação

 

    “Zelar pela assistência médica universal, integral e distribuída de forma equânime por todo o Estado é uma das mais relevantes missões deste Conselho”

 

 Amigo(a) médico(a), conforme prevê o regimento do Cremesp, acabamos de realizar novo rodízio na diretoria eleita para o período 2014-2018. Em votação direta, o corpo de conselheiros indicou meu nome para responder pela presidência nos próximos 15 meses.

É uma honra e também um desafio representar você e os demais médicos de São Paulo à frente do Cremesp. Por esse motivo, faço questão de explicitar alguns compromissos que levarei adiante, em conjunto com a nova diretoria, para a valorização dos médicos, da Medicina e a qualificação do sistema de saúde e da assistência aos cidadãos.

É prioridade manter e incrementar esforços por uma Medicina inclusiva, com acesso universal e igualitário, conforme os princípios do SUS. Exigimos e cobraremos das autoridades responsáveis planejamento e ação qualificada para a consolidação de um sistema eficiente e digno.

Lamentavelmente, desde 2010, mais de 15 mil leitos públicos foram fechados no País. Como reflexo, vemos hospitais superlotados, com intermináveis filas de espera. Tal cenário afronta a dignidade humana e o direito social à Saúde, inviabiliza diagnósticos precoces e a aplicação de medidas preventivas e terapêuticas adequadas.

Aliás, a gripe H1N1 volta a assolar o País. Enquanto no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, houve 141 casos graves relacionados ao vírus, até 26 de março de 2016 já tínhamos 440 quadros notificados. É preocupante a eclosão deste novo surto, num país já assolado pela crise crescente do financiamento de sua Saúde Pública.

Zelar por, e garantir, uma assistência médica universal, integral e distribuída de forma equânime por todo o Estado é uma das mais relevantes missões deste Conselho. No âmbito da ética clínica, entendemos que o exercício médico deve ser pautado em boas práticas e no atendimento diligente e acolhedor. E que a intervenção profissional não deve se restringir ao tratamento da enfermidade, mas garantir a escuta e o cuidado ao sofrimento da pessoa por ela acometida.

A Medicina é ciência da vida concreta. Os médicos, seus artífices, para exercer com excelência esse papel, necessitam de respaldo e reconhecimento. Faltam-nos ambos no Brasil de agora, crivado de intempéries políticas e escândalos de corrupção em todos os níveis e agravos econômicos e sociais, que nos dividem a todos e nos fragilizam enquanto nação.

O Cremesp jamais aceitou situações semelhantes e não será desta feita que o faremos. A nova diretoria deixa aqui sua palavra de que trabalhará todos os dias, incansavelmente, pelo justo equilíbrio entre Medicina e sociedade. Aquela é patrimônio milenar da cultura humana; e esta, sua maior razão de ser.

 


Opinião
A interferência dos planos de saúde

Roberto Lotfi
Diretor 1º tesoureiro do Cremesp

 

O atual modus operandi das operadoras da Saúde Suplementar brasileira é uma afronta à autonomia dos médicos e ao bom exercício da Medicina. Com olhar mercantilista e crescente falta de compromisso com a assistência de qualidade e com os pacientes, muitos planos pressionam profissionais a reduzir solicitações de exames essenciais e a antecipar altas ou não internar. Além disso, remuneram irrisoriamente as consultas e procedimentos, descontam dos médicos pedidos de  exames  que,  sem nenhum  critério ou  conhecimento, acham desnecessários ou que ultrapassam  malfadadas  metas. 

Os próprios pacientes têm a percepção de que há algo de podre no reino da Saúde Suplementar. A pressão das empresas foi apontada por eles em pesquisa realizada pelo Datafolha, em 2015, encomendada pela Associação Paulista de Medicina: 68% dizem que existem dificuldades para a realização de procedimentos ou exames de maior custo. Pacientes vêm os médicos como a eles próprios: no papel de vítimas dos planos. E estão corretos.

Diante de tal cenário, fica cada vez mais difícil assegurar uma investigação assertiva e tratamento de qualidade aos cidadãos. Os abusos de certas operadoras prejudicam, sobretudo, o usuário, a parte mais frágil, que sofre com a demora para a autorização de procedimentos, negativas de cobertura e a crescente burocracia.

Passamos anos preparando-nos e atualizando-nos, a fim de prover um atendimento de primeira linha. Contudo, somos afrontados por empresas que visam somente ao lucro.

De janeiro a fevereiro de 2016, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 2.238 reclamações contra planos de saúde em todo o Brasil. E a insatisfação se multiplica rapidamente.

A ingerência nas decisões dos profissionais é inaceitável e deve ser coibida com rigor. É nossa responsabilidade exigir que sejam empregados todos os pontos receitados para a assistência, sem obstáculos a aplicações terapêuticas.

Os médicos já enfrentam problemas graves em virtude da sub-remuneração. Os honorários pagos atualmente va­riam entre R$ 40 e R$ 77. Deduzidos impostos e despesas de consultório, como manutenção e funcionários, sobra quase nada. Por isso, muitos são obrigados a acumular vários trabalhos, exercendo carga horária extensa, desumana.

É imprescindível o alinhamento de interesses entre os profissionais de Medicina e os planos, considerando que o objetivo, quando se fala em saúde, deve ser um só: cuidar dos pacientes com dignidade  nos momentos em que se encontram mais vulneráveis.

 

 


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