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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Adilson Soares


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
Raiva humana


CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA (pág. 5)
Revisão do CEM


SETEMBRO AMARELO (pàg. 6)
Campanha contra o suicídio


ÉTICA MÉDICA (pág. 7)
Comitê de Bioética Hospitalar


SUS (págs 8 e 9)
Sistema público de saúde


EXAME DO CREMESP (pág. 10)
Avaliação acadêmica


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Congresso Nacional e Internacional de Direito Homoafetivo


EU MÉDICO (pág. 12)
Cristiane Barbieri


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residência Médica


CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais


BIOÉTICA - (Pág. 15)
Judicialização


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Edição 340 - 09/2016

EDITORIAL (pág. 2)

Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp


O alarme, mais além que o de ambulâncias

 

Em nome de um suposto enfrentamento à crise econômica vigente,
setores poderosos desfecham sutis (às vezes, nem tanto)
e coordenados ataques contra o SUS

 

Encontramo-nos num momento decisivo para a assistência pública à Saúde na cidade de São Paulo e no Brasil. Em nome de um suposto enfrentamento à crise econômica vigente, setores poderosos desfecham sutis e coordenados ataques contra o Sistema Único de Saúde (SUS). 

O Ministério da Saúde (MS), que deveria ser o primeiro a defender o SUS, temerariamente lança a proposta de planos, com cobertura restrita, a valores pouco menores. Ao revés da Constituição, pouco a pouco vem questionando o direito dos brasileiros à assistência integral e universal. E os pacientes, o que farão? As demandas terciárias e quaternárias (as mais onerosas) recorrerão, incoerentemente, à integralidade e universalidade do SUS, em detrimento dos mais vulneráveis.

Em outras palavras, os planos recheariam seus ganhos fazendo atenção primária, a custas de mais sangria dos parcos recursos do SUS. Mais uma vez, fazendo imperar o privado em detrimento do público. Sob os auspícios do MS.   

É mister registrar que os pontos críticos da assistência já aumentam todos os dias, por falta de políticas consistentes e da inércia das autoridades nos três níveis: federal, estadual e municipal. Agrava-se, assim, a situação do sistema, que já sofre há décadas com superlotação, carência crônica no financiamento e problemas de gestão. E cada vez mais, pacientes necessitados de UTI serão assistidos na retaguarda dos prontos-socorros. 

Médicos e enfermeiros, na linha de frente do atendimento, estarão submetidos a maiores riscos éticos do que já estão. Ante as jornadas estressantes, escassez de profissionais (mais deles migrarão para o setor privado), falta de materiais hospitalares e medicações, a ira compreensível de pacientes e familiares em pronto-atendimentos lotados, diminuição contingencial de leitos e serviços.

Estamos alarmados com esse cenário. O Cremesp tem tomado providências concretas para alterá-lo. Realizamos reuniões com diretores clínicos, e alguns diretores técnicos, de hospitais públicos para debater e registrar as dificuldades enfrentadas na assistência ambulato­rial, nos prontos-socorros e cirurgias eletivas, assim como falta de medicamentos, equipamentos e leitos. Solicitaremos, adiante, o diálogo com as autoridades públicas da Saúde.

Proporemos mais transparência para a sociedade. A responsabilidade dos profissionais, que lhes é implícita, pela natureza do ofício, deve ser compartilhada com o Poder Público. 

Enquanto isso, o Senado acaba de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2016, que prorroga a desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. Vale dizer: o Governo Federal poderá transferir a outras áreas até 30% da verba originalmente direcionada à Saúde, reduzindo ainda mais os recursos do SUS.

Invariavelmente, sejam quais forem os governos, este não é o País que nós queremos!

 


OPINIÃO

Violência nas escolas médicas

Katia Burle dos Santos Guimarães
Conselheira do Cremesp


Diante da violência observada ainda hoje nas escolas médicas, em especial nos trotes e nos jogos entre as faculdades de Medicina, em 2014 o Cremesp realizou plenária temática cujo tema foi “Violência nas Escolas Médicas”.

A plenária lotada, e com inúmeras faculdades de Medicina do Estado de São Paulo ali representadas,  estendeu-se por mais de quatro horas.  Identificamos então uma demanda reprimida apontada pelos representantes e estudantes presentes, ávidos por apresentar os problemas e desejosos por discussões que pudessem nortear ações nas faculdades de Medicina. 

A partir dessa plenária, cuja ideia nasceu na Câmara Técnica de Psiquiatria, formou-se a Câmara Temática Interdisciplinar sobre Violência nas Escolas Médicas (Camtivem), da qual todas as escolas de Medicina do Estado de SP foram convidadas a participar. Nesse momento, observamos outros tipos de violência, sendo o assédio moral o mais frequentemente encontrado, mostrando que os motivos iniciais, trote e jogos, eram apenas a ponta do iceberg. Em reunião conjunta da Camtivem com a Câmara do Jovem Médico, vários residentes presentes descreveram, como forma de violência, o assédio moral sofrido ao longo da Residência.

A violência à Saúde é uma triste realidade, mas não diferente do que vemos acontecendo no Brasil e no mundo. A marca da pós-modernidade resulta num mundo vivido como incerto, incontrolável e assustador. Nele encontramos um ser humano intolerante à frustração, que troca o pensamento pela ação sem pensar, que desconsidera o altruísmo e vive cada dia mais narcisicamente. Isso leva à insatisfação do ser humano, e uma das formas de expressão desses sentimentos é a violência.

As escolas médicas não ficam imunes a esse movimento. Entretanto, nesse caso, o cuidado com essas questões está diretamente relacionado à formação do futuro médico. E, por isso, o Cremesp vem se envolvendo cada vez mais com a questão da violência nas escolas médicas.

Se não houver um cuidado com tais aspectos durante o período de graduação, maiores serão as chances de termos mais médicos adoecidos, com dificuldades de relacionamento com os pares, com os profissionais de outras áreas­ da saúde e com os pacientes. Ações dessa natureza são essenciais para a formação do futuro médico.

 

 


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