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450 anos de São Paulo: grandes avanços e desafios


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Edição 197 - 01/2004

SP 450 anos

450 anos de São Paulo: grandes avanços e desafios


O que era um pequeno vilarejo há quatro séculos e meio hoje é sinônimo de grande pólo na área econômica, cultural e científica do país. Construída por povos vindos de várias partes do planeta, São Paulo tornou-se a maior cidade da América Latina, contabilizando, em tudo o que faz, números condizentes com sua grandiosidade, tanto nos aspectos positivos, como negativos. Pela sua importância no mapa nacional e mundial, os 450 anos de São Paulo não representam só o aniversário de uma cidade, mas também o crescimento do país e da sociedade, além de seu papel no processo evolutivo.

Em meio a tantas comemorações, na área da Medicina também foram grandes os avanços e conquistas. Porém, ainda há muito por fazer, situação confirmada, inclusive, por importantes profissionais que atuam na área. Alguns deles falaram ao Jornal do Cremesp o que destacam como médicos, nesse período.

 

 

Moacyr Pádua Vilela - ex-professor de Gastroenterologia e livre docente em Clínica Médica pela Unifesp-EPM.

"Até o momento em que a cidade do Rio de Janeiro era a Capital Federal, São Paulo podia ser considerada como a segunda cidade em grau de aperfeiçoamento médico. De lá para cá, desenvolveu-se aceleradamente, tornando-se, sem sombra de dúvida, o melhor centro médico do Brasil, equiparado aos melhores do mundo.

Hoje possuímos grandes hospitais detentores de técnicas avançadas e centros de diagnóstico com os melhores equipamentos, que promovem um diagnóstico técnico preciso em todas as áreas médicas para um tratamento embasado em terapêutica avançada.

Como médico, sinto que todo o avanço técnico/diagnóstico e as atribuições do mundo moderno relegaram, respectivamente, o exame clínico e a relação médico-paciente a um segundo plano. E, concordando com o professor doutor Jairo Ramos, 'o diagnóstico propedêutico deve ser confirmado com exames clínicos, e não o contrário', sustentando que um profissional bem formado ainda é menos passível de erros do que uma máquina".

Antonio Guariento - livre docente de Clínica Obstétrica da FMUSP, ex-professor adjunto de Obstetrícia da Unifesp-EPM e professor de Obstetrícia e Ginecologia na Universidade de Mogi das Cruzes.

"Embora vários dos conceitos básicos da Obstetrícia tenham permanecido por muitos anos, nestas últimas décadas, a prática da especialidade teve apreciável modificação, determinada pelos progressos da tecnologia e reestruturação dos padrões da prática médica. Ao comemorarmos os 450 anos de São Paulo, esperamos que nossos políticos se conscientizem da importância de acompanhar os notáveis progressos da Medicina, prestando maior atenção aos problemas de saúde e mais apreço aos que se dedicam à sua execução."

Walter Leser - ex-professor do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp-EPM, ex-secretário de Saúde do Estado de São Paulo e primeiro secretário na primeira diretoria do Cremesp, de 1954 a 1959.

"Trabalhei mais na área da Saúde Pública e, nela, destaco dois fatos: o primeiro foi a erradicação da varíola. Na época, eu era secretário de Saúde do Estado de São Paulo. Foi muito marcante, porque nós vacinamos quase 18 milhões de pessoas e erradicamos a doença no Estado.

O segundo, algum tempo depois, foi a grande vacinação contra a epidemia de meningite tipo A e C, ocorrida em 1975. Primeiramente, foram vacinadas 9 milhões de pessoas acima de seis meses de idade que residiam na Grande São Paulo. Depois, a vacinação foi estendida a outras regiões do Estado e a epidemia foi controlada".

Jair Xavier Guimarães - professor titular aposentado de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Unifesp/EPM e secretário geral da primeira diretoria do Cremesp, entre 1954 e 1959.

"Na área das doenças infecciosas, destaco dois momentos. Em 1942, trabalhava no Hospital de Isolamento da cidade de São Paulo - que hoje é o Instituto Emílio Ribas -  quando recebemos o primeiro antibiótico descoberto no mundo, a penicilina.

O primeiro caso em que a utilizamos foi um menino de oito anos com meningite bacteriana, doença que até então era fatal. Aos poucos, foram sendo descobertos novos antibióticos e o índice de cura foi aumentando.
O segundo destaque é a Aids. Por volta de 1983, ainda não havia sido descoberto o vírus que causava a doença e começamos a detectar os primeiros casos na capital paulista. Com o advento dos medicamentos específicos e tratamentos modernos, a sobrevida foi aumentando muito, podendo atingir atualmente mais de dez anos.

Hoje temos vários centros de referência para o tratamento da Aids em São Paulo. A orientação de tratamento da Aids na cidade tem sido tão eficiente que a Organização Mundial de Saúde (OMS) resolveu adotá-la em vários países, especialmente nos da África, onde há maior número de casos". 

Fábio Schmidt Goffi - diretor do Centro de Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa  do Iamspe - SP

"Destacaria o aumento excessivo do número de escolas médicas e a conseqüente falta de corpo docente qualificado: há excesso de médicos formados, mas despreparados por falta de adequada formação em nível de graduação e, sobretudo, de residência médica.

Por outro lado, houve expansão na rede de atendimento à saúde das populações carentes, por meio do SUS e dos convênios médicos; e o desenvolvimento vertiginoso da biotecnologia, com a produção de sofisticados equipamentos que aprimoram os recursos diagnósticos e terapêuticos, mas oneram demasiadamente o custo da assistência e se interpõem no binômio médico-paciente.

Em conseqüência disso tudo, aparece o relativo enfraquecimento dos princípios  humanistas e dos sentimentos samaritanos. De qualquer forma, os postulados hipocráticos são eternos e a Medicina, de ontem, hoje e sempre, é uma das mais nobres profissões".

Pedro Geretto - anestesiologista, ex-professor titular de Anestesiologia da Unifesp/EPM e ex-diretor clínico do Hospital São Paulo.

"Eu destacaria a Santa Casa de Misericórdia, a fundação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), pelo Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, e da Escola Paulista de Medicina (EPM), por Otávio de Carvalho, que em 1991 passou a ser a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outro fato muito importante foi a inauguração do Hospital das Clínicas.
Considero também relevantes o Congresso Mundial de Anestesiologia, realizado aqui em 1964; a criação da Associação Médica Brasileira (AMB) e a inauguração da sede da Associação Paulista de Medicina (APM), em 1951.

Além disso, em São Paulo temos a Beneficência Portuguesa, hoje o maior hospital particular da América Latina. Na cidade também foi fundado o primeiro hospital universitário do Brasil, o Hospital São Paulo, em 1941, funcionando atualmente com 800 leitos e chegando a atender em seu pronto-socorro cerca de 1500 pessoas por dia."


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