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CAPA

EDITORIAL
Voto ético


ENTIDADES MÉDICAS
Cremesp terá site exclusivo sobre Bioética


ENTREVISTA
Procurador alerta para os riscos das falsas cooperativas


DEBATE
O Juramento de Hipócrates deve ser revisado ou substituído?


GERAL 1
Planos de Saúde


ELEIÇÕES 2002
Médicos candidatam-se ao Legislativo


ELEIÇÕES 2002
Candidatos ao governo do Estado de São Paulo apresentam programas para a Saúde


GERAL 2
Serviço de destaque


ATUALIZAÇÃO
Apnéia do sono tem alta taxa de mortalidade


GERAL 3
De olho no site


AGENDA
Cremesp faz reunião com Corpo de Bombeiros


CURTAS
Julgamentos simulados


GERAL 4
Parecer


EVENTO
Brasil sediará o VI Congresso Mundial de Bioética


GALERIA DE FOTOS



Edição 181 - 09/2002

GERAL 2

Serviço de destaque


Unidade do HC é referência no tratamento de Tétano

A Unidade de Terapia Intensiva e Tétano, da Divisão Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (UTI-DCMIP-HC), há muito tempo atua como referência no Estado de São Paulo. A equipe da UTI conta com seis médicos infectologistas especializados no atendimento ao tétano, cinco dos quais com título de especialista em Medicina Intensiva. A equipe dá cobertura assistencial em três períodos (manhã, tarde e um terceiro que vai das 16 às 20 horas). Para o atendimento noturno, nos finais de semana e feriados há equipe plantonista — formada por médico assistente, infectologista e intensivista.

Os profissionais de enfermagem e fisioterapia que trabalham na Unidade são especializados no atendimento a pacientes com tétano. Também integram a equipe, médicos residentes em Infectologia da FMUSP, médicos estagiários de serviços de São Paulo e outros Estados, além de alunos de graduação e especialização em fisioterapia.

Após uma reestruturação, iniciada em 1991, a letalidade do tétano dentro da UTI-DCMIP caiu para menos de 10%, contra os quase 40% do Estado de São Paulo. A equipe da UTI comemora satisfeita alguns registros anuais em que nenhum dos paciente internados no serviço tenha falecido. “Esse resultado reflete o empenho em montar um sistema de qualidade para o atendimento especializado e referencial em tétano”, informa Ricardo Tapajós, supervisor do DCMIP. Como os pacientes de tétano ficam internados, em média, 21 dias na UTI e mais uma semana na enfermaria, as equipes multidisciplinares acabam desenvolvendo uma relação de companheirismo e amizade com eles e seus familiares.

Atualmente são atendidos cerca de 20 casos de tétano por ano na Unidade, mas os números já foram maiores. A UTI já chegou a atender 50 casos/ano. A redução deve-se à campanha de vacinação de idosos contra o vírus influenza, uma vez que a maioria dos atendidos pertencia à terceira idade. O serviço atende também crianças a partir de 20 quilos — as menores são internadas na UTI pediátrica, recebendo apoio, quando necessário, da Unidade de Tétano.

A Unidade de Terapia Intensiva de Tétano atende pacientes encaminhados por qualquer serviço ou médico, basta entrar em contato pelos telefones: (11) 3069-6045 ou (11) 3069-6530 para requisitar vaga. Os plantonistas avaliam o caso e, se houver procedência diagnóstica, cedem a vaga, orientando os primeiros cuidados e o transporte. Segundo Tapajós, atualmente o número de casos que chega à Unidade vêm indicando a necessidade de expansão do atendimento, com a ampliação de leitos e de infra-estrutura para o serviço.

Serviços no país

No Estado de São Paulo, Botucatu é outra cidade que tem experiência com o atendimento a pacientes com tétano. O Estado do Rio Grande do Sul tem tradição referencial nesse tipo de tratamento.



Uma história, alguns nomes

No início de seu funcionamento, em meados da década de 70, essa Unidade do HC atendia apenas casos de tétano e estava localizada na Ala Sul do quarto andar do prédio central do complexo, dispondo de oito leitos. Nessa época, a equipe do serviço de tétano já era formada por médicos e enfermeiros especializados, mas dispunha de poucos recursos tecnológicos. Sob os cuidados dos professores Ricardo Veronese e Vicente Amato Neto, a UTI foi gerenciada pelos médicos Celso Mazza, Antônio Barone, Eduardo Motti e Luís Pedro Meirelles.

A partir de 199l, começaram a ser atendidos todos os pacientes com doenças infecto parasitária que necessitassem de terapia intensiva: malária grave, leptospirose, picada de cobra e outros animais peçonhentos, febres hemorrágicas virais e sepses graves. Nessa época, passou a ser chefiada pelo médico Ricardo Tapajós, apoiado pelos professores Vicente Amato Neto, Maria Aparecida Shikanai Yasuda e Marcos Boulos. O atendimento a pacientes com tétano continuou sendo prioridade, mas a UTI passou a ser chamada de Unidade de Terapia Intensiva e Tétano (UTI-DCMIP). Como todo o complexo HC, passou por uma reforma física e a divisão foi instalada na Ala Norte do quarto andar do prédio. A aparelhagem foi reestruturada, “passamos a contar com os respiradores e monitores necessários para a boa prática da assistência intensiva”, explica Tapajós.

Em 2000, a chefia ficou a cargo de Flávia Machado — que dirige a unidade até hoje — e Ricardo Tapajós passou a ocupar o cargo de médico supervisor da DCMIP.



Movimento médico

Protesto no Servidor Público: 240 leitos inativos há quatro anos

Funcionários fizeram um ato de protesto, em 12 de setembro último, no Hospital do Servidor Público do Estado, na Capital, para “comemorar” o aniversário de quatro anos do fechamento de um setor da instituição que deixou 240 leitos inativos. Durante o ato, os manifestantes cortaram um “bolo de aniversário” em frente ao prédio de ambulatórios.

O presidente da Associação Médica do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Amiamspe), Luiz Carlos Aiex Alves, responsabiliza a Secretaria da Saúde do Estado pela situação. Segundo Aiex Alves, durante esses quatro anos foram encaminhadas várias denúncias sobre a situação do hospital, resultando em promessas de reforma e reabertura das alas que nunca foram cumpridas. “Há insensibilidade por parte da Secretaria de Saúde do Estado”, acusa Aiex.

O Hospital conta com 1.200 leitos e faz parte do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), com mais de 20 centros de assistência na Capital e Interior do Estado. Em seu conjunto, o Iamspe presta atendimento estimado a três milhões de pessoas, conta com 4.894 funcionários, dos quais 1.100 são médicos.



Residentes saem em passeata por reajuste

Cerca de 150 médicos residentes da rede estadual realizaram passeata que culminou com um protesto em frente à Secretaria Estadual de Saúde, em 28 de agosto último, reivindicando reajuste na bolsa. Os manifestantes alertavam que o valor da bolsa, de R$ 1.353,00, estava abaixo do Piso Federal — estipulado em R$ 1.458,00 de acordo com a Lei 10.404, de janeiro de 2002.

Essa defasagem deixou o Programa de Residência Médica do Estado em situação ilegal, sob risco de perder credenciamento oficial, informou, à época, o presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo, Lory Dean Couto Brito. A Comissão Nacional de Residência (CNMR), órgão regulador dessa área e ligado ao MEC, colocou o programa paulista em “estado de diligência”, impedido, inclusive, de publicar editais para novos concursos.

No início de setembro, em reunião com uma comissão da Residência Médica, o secretário de Estado da Saúde, José da Silva Guedes, confirmou que essa diferença, de aproximadamente 100 reais, consta do Orçamento da Pasta previsto para 2003. Com isso, o Programa saiu do “estado de diligência” pelo CNMR e os residentes ficam aguardando que a promessa seja cumprida.

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