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    18-05-2012

    Renato Azevedo

    Muito além dos honorários


    “Condutas das operadoras causam agonia e humilhação aos pacientes, que retornam aos nossos consultórios após negada  a autorização para concretizar o que prescrevemos”

    O movimento dos médicos por melhores honorários na saúde suplementar, que ocupou novamente as ruas em todo o Brasil, no dia 25 de abril, exibe uma pauta urgente, que já é conhecida por todos.

    Diante de uma agência reguladora omissa quanto à relação entre médicos e operadoras, está na hora de começarmos também a denunciar os abusos cometidos na assistência prestada, que trazem consequências negativas tanto para médicos e pacientes.

    São várias as condutas das operadoras causadoras de agonia e humilhação aos pacientes, que retornam aos nossos consultórios após negada a autorização para concretizar o que prescrevemos. Por exemplo, as metas de glosas e protocolos que são implementados para diminuir o custo assistencial.

    Desde a lei 9656, de 1998, o mercado de planos de saúde tem se ocupado em encontrar brechas e alternativas para perpetuar o negócio altamente lucrativo. A onda mais recente combina a atuação de grandes corretoras atravessadoras com a proliferação de planos baratos de rede credenciada, insuficiente em quantidade e qualidade.

    E quais são as alternativas para manter o custo assistencial baixo? Verticalização por meio de serviços próprios, precarização do vínculo de emprego do médico, glosas, meta de realização de exames (especialmente os de alto custo) e criação de protocolos clínicos sem considerar evidências científicas (o que ocorre, sobretudo, nos serviços próprios).

    Juntamente com a questão do vínculo empregatício, assistimos à precarização da assistência e da relação médico-paciente. A qualidade da Medicina, a resolutividade da prática médica e o retorno do nosso trabalho tornam-se igualmente precários.

    Somente nós, médicos, podemos mudar a situação, não aceitando tais imposições. O Cremesp, além de integrar o movimento das entidades médicas, ao tomar conhecimento das arbitrariedades, toma medidas cabíveis contra os responsáveis técnicos das operadoras. Em recente publicação do Conselho – Os Médicos e os Planos de Saúde –, levamos orientações a médicos e pacientes sobre como agir perante os abusos.

    Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico precisa ser remunerado de forma justa, mas também necessita de boas condições de trabalho para agir com o melhor de sua capacidade em benefício do paciente. Essa é a essência dos princípios fundamentais do Código de Ética de Médica, que vem sendo insistentemente violado pelas empresas de planos de saúde. 


    Renato Azevedo Júnior é presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo


    Publicado no Editorial do Jornal do Cremesp nº 292 - Maio 2012


    Tags: operadoras de saúdeplanoshonoráriosconsultasautonomiasaúde suplementar.

    Veja os comentários desta matéria


    A mercantilização da medicina já é estratégia antiga aqui no Brasil. Em 1984, o orador da minha turma de médicos já falava que o médico estava sendo esmagado pelas engrenagens da indústria da doença. Esta estratégia vem progredindo esponencialmente desde então. Dois braços mais recentes desta estratégia são a proliferação de cursos de medicina para aumentar a oferta barateando a mão de obra e a abertura de capital das operadoras e hospitais, que, com isso, se vêem obrigadas a aumentar a margem de lucros para satisfazer a ganância dos donos e, agora, dos acionistas. Discordo do colega missivista, pois está provado que só o médico não conseguirá reverter esta estratégia. São necessárias medidas regulatórias mais rígidas que visem impedir a transformação do processo saúde-doença em commodity.
    rubens

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