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Trabalho médico

Grupo de médicos demissionários da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo reúne-se com Cremesp

Da esquerda para a direita: Petrônio Generoso Thomaz, Roberto Marco, Ligia Peraza, Mario Jorge Tsuchiya, Paula Véspoli Godoy e Angelo Vattimo

A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo anunciou a demissão de  152 médicos dos 600 profissionais de seu hospital central, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e do hospital Santa Isabel, que presta atendimento privado. Serão cortadas 55 vagas do pronto-socorro do Santa Isabel e 68 das cinco UTIs dos dois hospitais, além do laboratório, câmara hiperbárica, entre outros. As vagas serão assumidas por uma empresa terceirizada, que contratará médicos para prestar serviço nas unidades, embora a instituição tenha confirmado que 33 vagas não serão repostas. Os médicos intensivistas Ligia Peraza, Roberto Marco e Petrônio Generoso Thomaz estiveram no Cremesp, no dia 21 de fevereiro, quando relataram a situação ao presidente,  Mario Jorge Tsuchiya; ao diretor 1º secretário Angelo Vattimo; e à advogada do Cremesp, Paula Véspoli Godoy.

Os médicos afirmaram que a empresa terceirizada já está em fase de contratação de médicos e que atua em vários hospitais privados da Capital paulista. O Cremesp irá verificar se os valores a ser pagos são compatíveis com o mercado e adotará outras providências pertinentes ao seu âmbito de atuação.

O presidente do Cremesp se mostrou preocupado com a situação, que poderá ter graves reflexos na graduação e na Residência Médica da instituição, uma vez que a terceirização não assumirá todas as funções que os profissionais têm de preceptoria e aulas.  “A Santa Casa tem 600 médicos e 25% foram demitidos. Isso terá um impacto não só no atendimento à população como também na qualidade da formação médica”, analisa.
 

Foto: Osmar Bustos