Busca
Classificação de assuntos:

Pesquisa por palavra-chave:


Últimas Notícias
  • 19-04-2024
    Complexo Hospitalar Padre Bento
    Cremesp discute questões éticas e bioéticas com residentes de Guarulhos
  • 19-04-2024
    Formação médica
    Cremesp pede a revogação imediata do decreto sobre a CNRM
  • 17-04-2024
    Nota de pesar
    O Cremesp lamenta a morte do médico sanitarista José da Silva Guedes
  • 15-04-2024
    1º Encontro de Perícias Médicas
    Cremesp aborda aspectos essenciais das perícias cível, criminal e previdenciária em evento inédito
  • Notícias


    16-05-2019

    Publicação

    Assédio Moral na formação médica traz consequências ao futuro profissional, aponta livro lançado pelo Cremesp

    O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) demonstra, de forma pública, preocupação em relação ao assédio moral ao médico jovem – e suas consequências ao futuro profissional e ao atendimento aos pacientes. Prova disso é o lançamento do livro Assédio Moral na Formação Médica: conscientizar para combater, realizado no dia 15 de maio, às 19h30, na sede da Casa – o primeiro produzido pela atual gestão. 

    Essa particularidade foi lembrada pela vice-presidente do Cremesp, Irene Abramovich, coordenadora da mesa oficial do evento, da qual participaram os organizadores da obra, Edoardo Filippo de Queiroz Vattimo, coordenador do departamento de Comunicação, e Elio Belfiore, delegado regional do conselho; Ângelo Vattimo, 1° secretário do Cremesp; Antônio Jorge Salomão, secretário-geral da Associação Médica Brasileira (AMB); e Rosana Leite de Melo, secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).  

    Cerco psicológico 
    Conforme a definição de assédio moral da Organização Mundial da Saúde (OMS), “o cerco psicológico é uma forma de abuso do empregador que surge de comportamentos não éticos e conduz à vitimização do trabalhador”. 

    Antônio Jorge, representante da AMB, trouxe experiência pessoal envolvendo professores de Medicina, no início da década de 70. “Fui perseguido por catedráticos vitalícios”, lembrou. “Como um residente pode atuar bem, com um facão sobre a cabeça? Trabalho sob pressão interfere muito no atendimento ao paciente”. Nesse sentido, Rosana Leite informa que uma das queixas mais comuns nas Comissões de Residência Médica (Coremes) se refere à preceptoria. A chave para resolução dos conflitos, segundo ela, é a comunicação. “O professor tem que entender a posição do aluno e vice-versa”. 

    Uma das grandes barreiras a serem superadas no ambiente acadêmico é a repetição do erro em relação a colegas. Irene Abramovich, que além de conselheira é coordenadora da Residência Médica na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, lamentou que a violência seja perpetrada pelos próprios residentes – alguns com apenas um ano a mais de pós-graduação do que o assediado. “O ‘massacre’ é promovido pelo R+ contra o R -”

    Em sua fala, Ângelo Vattimo reforçou a relevância do tema, mas enfatizou: “nem tudo é assédio, é preciso saber identificar”. A opinião vem ao encontro de um dos capítulos do livro, no qual as autoras Jellin Chuang e Jéssica Liu apontam o que não é assédio moral. Entre os exemplos figuram situações eventuais – é preciso repetição da conduta inadequada para o assédio ser caracterizado –, e simples exigências profissionais – já que cobranças e críticas, sem humilhação, podem surgir de objetivos construtivos. 

    Autores 
    Por fim, os organizadores de Assédio Moral na Formação Médica: conscientizar para combater falaram à plateia, da qual fizeram parte os demais autores, familiares e amigos. 

    Belfiore traçou um panorama da construção deste projeto de 2015 da antiga Câmara Técnica do Médico Jovem, do Cremesp, agora revisado e ampliado. “Já sofri assédio, gostaria de esquecer, mas discutir sobre o assunto em livro canaliza a experiência de uma forma boa. É um erro varrer o problema para baixo do tapete”. 

    Já Edoardo Vattimo pontuou os capítulos da publicação, como o que aborda a demografia médica e seus desdobramentos, entre os quais a feminilização e a discrepância entre os suicídios nesta categoria, em comparação às demais; o perfil dos assediadores; as bases histórico-sociais para a perpetuação do problema; e a contextualização em capítulos do Código de Ética Médica. 

    Em situações de assédio, explicou, pode haver um “componente de manipulação perversa, capaz de comprometer a autoimagem da vítima, fazendo com que se sinta culpada (...) considerar tal violência como ‘necessária’ para a formação médica é um equívoco”, em vista dos impactos que pode causar que incluem burnout, baixa autoestima e ideação suicida. 

    Confira a versão digitalizada da publicação aqui

    Fotos: Osmar Bustos

    Tags: assédio moral.

    Este conteúdo teve 58 acessos.


    CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO
    CNPJ: 63.106.843/0001-97

    Sede: Rua Frei Caneca, 1282
    Consolação - São Paulo/SP - CEP 01307-002

    CENTRAL DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO
    (11) 4349-9900 (de segunda a sexta feira, das 8h às 20h)

    HORÁRIO DE EXPEDIENTE PARA PROTOCOLOS
    De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h

    CONTATOS

    Regionais do Cremesp:

    Conselhos de Medicina:


    © 2001-2024 cremesp.org.br Todos os direitos reservados. Código de conduta online. 318 usuários on-line - 58
    Este site é melhor visualizado em Internet Explorer 8 ou superior, Firefox 40 ou superior e Chrome 46 ou superior

    O CREMESP utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no site implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Cookies do CREMESP. Saiba mais em nossa Política de Privacidade e Proteção de Dados.