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    27-09-2019

    Setembro Amarelo

    Prevenção do suicídio e seus aspectos éticos e legais são discutidos em ciclo de palestras no Cremesp




    O Cremesp realizou um ciclo de palestras voltadas para médicos, com temáticas envolvendo a prevenção do suicídio e questões éticas e legais implicadas no atendimento aos pacientes em risco, no dia 24 de setembro, durante a campanha Setembro Amarelo – mês de valorização da vida.

    Em sua apresentação, o psiquiatra e coordenador do Ambulatório Integrado de Bipolares do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), Diego Tavares, mostrou como médicos de diferentes especialidades podem aprender a identificar e prevenir o comportamento suicida entre seus pacientes.  

    Ele destacou a importância da atenção e da anamnese para identificar o comportamento suicida, que possui determinantes multifatoriais e é resultado de uma complexa interação de fatores físicos, químicos, psicológicos, biológicos (incluindo a predisposição genética), culturais e socioambientais. “Praticamente todos os indivíduos que cometem suicídio, independentemente de atender a todos os critérios para o transtorno psiquiátrico, mostram evidências de desesperança, humor deprimido, ideias de suicídio e descontrole do impulso”, observou Tavares. 

    Segundo o psiquiatra, os estressores sociais são únicos na história de vida de determinado paciente, mas destacou que o comportamento suicida é, na maioria dos casos, uma condição patológica de base cerebral e que requer uma predisposição prévia. Ressalta que o ambiente, por mais estressor e aversivo que seja, não é capaz de, isoladamente, desencadear o suicídio sem que a pessoa carregue consigo essa tendência à desregulação cerebral. Enfatizou ainda que o suicídio não deve ser visto como um comportamento deliberado ou uma condição psicológica, mas sim como doença. “As doenças psiquiátricas ocorrem no cérebro em pessoas com predisposição genética e expostas a gatilhos estressores”, esclareceu. 

    Tavares também apresentou dados sobre a epidemiologia do suicídio, indicando que, no Brasil, as autoagressões, automutilações e tentativas de suicídio são mais frequentes entre as mulheres (66%) que nos homens (34%), mas a mortalidade é maior entre estes (80%), principalmente na faixa etária acima dos 70 anos.

    Aspectos éticos e legais
    Durante a abordagem ao paciente, é necessária realização de anamnese,  antecedentes pessoais e familiares, exames psíquico e físico, hipótese diagnóstica — para determinar a conduta correta a ser adotada, por meio de medicação —, exames e outros encaminhamentos, explicou o conselheiro e também psiquiatra Rodrigo Lancelote Alberto, em sua palestra sobre os aspectos éticos e legais envolvidos no atendimento ao paciente com risco de suicídio. 

    “Os pensamentos, os planos e as tentativas de suicídio fazem parte do denominado comportamento suicida. Por isso, é importante que o médico converse, pergunte sobre os fatos da vida do paciente, demonstrando preocupação e cuidado, o que resultará no fortalecimento do vínculo”, enfatizou. 

    Alberto também destacou aspectos importantes da conduta do médico. “É necessário observar os princípios básicos do Código de Ética Médica, de beneficência, não maleficência, autonomia, confidencialidade e justiça. Além do Artigo 122, do Código de Processo Penal, que estabelece como crime “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que faça”, exemplificou.  

    Segundo ele, na questão do sigilo, quando o que está em jogo é a proteção da vida e o bem-estar do paciente, ele pode ser quebrado, mas o ideal é que se estabeleça uma relação de confiança entre médico e paciente.  

    O conselheiro ressaltou ainda que o profissional deve ficar atento aos aspectos legais do preenchimento do prontuário. “É necessário documentar no prontuário do paciente a possibilidade de suicídio”, orientou.  Segundo ele, o médico deve fazer uma avaliação contínua do paciente, sendo afirmativo em suas anotações, declarando o que fez e por que fez. Também é importante documentar suas preocupações com a totalidade do tratamento e as condutas, enfatizando o envolvimento de outras disciplinas, e explicitar sua decisão de hospitalizar ou não o paciente.

    O encontro também contou com a participação do coordenador da Assessoria de Comunicação do Cremesp, Edoardo Filippo de Queiroz Vattimo, e da diretora 1ª tesoureira, Christina Hajaj Gonzalez, eleita para representar a Regional São Paulo no Conselho Federal de Medicina, durante a gestão 2019-2024.   
     


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