Últimas Notícias
Novidade
Cremesp disponibiliza versões online da nova revista Ser Médico e do Boletim Institucional
Atendimento
Cremesp funcionará normalmente, na sede e nas regionais, excetuando as vésperas e dias de Natal e Ano Novo
Pandemia de covid-19
Profissionais foram às últimas consequências contra o SARS-CoV-2, quase cinco anos atrás
Conversa com Cremesp
Quintanistas e sextanistas da FEMA discutem questões éticas da Medicina com representantes do Conselho
Notícias
10-10-2023 |
Defesa das prerrogativas |
Cremesp recebe médica que foi presa e acusada de desacato após respeitar o sigilo médico durante plantão em UTI |
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Angelo Vattimo, recebeu, nesta segunda-feira (9), na sede da Autarquia, a médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga que foi presa por policiais militares, em primeiro de outubro, acusada de desacato. A profissional foi algemada durante o plantão, após não revelar informações sobre o boletim médico de um paciente, policial militar. Na ocasião — que também contou com a participação da diretora 1ª secretária do Conselho, Irene Abramovich; do coordenador do Departamento de Fiscalização, Roberto Rodrigues Junior, e do procurador, Marcelo Cheli —, Vattimo reiterou que o Cremesp não tolerará episódios de violência contra médicos e que dará toda a assistência necessária à profissional, por meio da Comissão de Prerrogativas Médicas. O Conselho também reiterará o ofício à Secretaria de Segurança Pública para solicitar esclarecimentos acerca dos procedimentos adotados em razão da agressão sofrida pela médica. Além disso, enviará ofício, também, à Secretaria de Estado de Saúde, informando que a prisão da profissional fez com que a UTI do hospital ficasse descoberta por três horas e ainda requerer as imagens do local. “É fundamental que os médicos saibam que podem e devem contar com o Conselho nestes casos. É inadmissível que uma médica seja algemada durante seu plantão, deixando vários pacientes desassistidos, por usar de suas prerrogativas éticas, como o sigilo”, pontuou o presidente. Entenda o caso A médica de 53 anos foi presa por equipe da Polícia Militar durante seu plantão, que cumpria sozinha na UTI do Hospital Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, na noite do dia 1º de outubro. Os policiais militares se dirigiram até o local e entraram na unidade em busca de informações sobre o estado de saúde de um colega de farda. Segundo a médica, ao respeitar o sigilo médico e não entregar dados do boletim médico do paciente, a profissional também informou à equipe que o horário de visita para os familiares, que é predeterminado pelo hospital, já havia finalizado. No entanto, mesmo assim, foi acusada de desacato, algemada em seu local de trabalho e colocada na viatura, enquanto os seus pacientes da UTI ficaram desassistidos. Ações do Cremesp O Cremesp defende que todo médico precisa de condições favoráveis para praticar a boa Medicina e, portanto, luta incessantemente pelo fim da violência. A Comissão de Prerrogativas Médicas, criada neste ano pela Autarquia, foi instituída especialmente para recebimento de denúncias envolvendo casos de violência e assédio, além de calotes e más condições de trabalho. Se você, médico, já presenciou ou viveu alguma dessas situações, envie um email para prerrogativas@cremesp.org.br |