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CAPA

EDITORIAL (SM pág. 1)
O segredo médico é o destaque principal do editorial desta edição


ENTREVISTA (SM pág. 4)
Shotaro Shimada: visão ainda mais grandiosa da yoga


CRÔNICA (SM pág. 8)
Texto bem humorado de Tufik Bauab Jr, vice-presidente da SPR


MEIO AMBIENTE (SM pág. 10)
Efeito estufa: ações cotidianas, poluidoras, passam despercebidas...


CONJUNTURA (SM pág. 12)
Transtornos mentais e de comportamento: faltam recursos para prevenção e tratamento


SINTONIA (SM pág. 18)
Instituto Internacional de Neurociências de Natal ELS: audácia e pioneirismo


DEBATE (SM pág. 20)
Ginecologistas do Cremesp discutem aborto e saúde pública


EM FOCO (SM pág. 26)
O que representa ser estrangeiro e estudar Medicina no Brasil? Um enorme desafio...


HOBBIE DE MÉDICO (SM pág. 29)
Brasil Império: Manuel dos Santos Júnior mostra sua coleção de louça histórica


COM A PALAVRA (SM pág. 34)
Com vocês... Montaigne, dissecado por Joffre Marcondes de Rezende


HISTÓRIA DA MEDICINA (SM pág. 36)
Você conhece a história e a origem da palavra sífilis? Surpreenda-se. Texto de Isac Jorge Filho


ACONTECEU (SM pág.40)
Festival de Dança de Joinville: emoção à flor da pele, para bailarinos e espectadores


ARTE E TURISMO (SM pág. 42)
Conheça a arte popular, maravilhosa, na fachada de casas de pequenos vilarejos brasileiros


LIVRO DE CABECEIRA (SM pág. 46)
O terrorista, de John Updike, é a recomendação de leitura do infectologista Jacyr Pasternack


CARTAS & NOTAS (SM pág.46)
Acompanhe os comentários dos leitores sobre as matérias da edição passada da revista


POESIA (SM pág. 48)
Poema do poeta português Antonio Galeão fecha esta edição com pura emoção


GALERIA DE FOTOS


Edição 40 - Julho/Agosto/Setembro de 2007

ARTE E TURISMO (SM pág. 42)

Conheça a arte popular, maravilhosa, na fachada de casas de pequenos vilarejos brasileiros


Tesouros esquecidos em pequenos vilarejos

Pintores dessas casas nunca ouviram falar no movimento art déco, nem sequer sabem quem foi Mondrian ou o que fez Alfredo Volpi


A “arte impressa nas fachadas de casas existentes nas pequenas vilas do nordeste brasileiro não é folclore, arquitetura-espontânea ou arte popular. É uma ‘aspiração’ à dignidade de seus habitantes, uma tentativa de rejeitar  ‘o nada da miséria’ em que vivem”. A frase de Lina Bo Bardi define com precisão esses tesouros da arquitetura quase escondidos e, na maioria das vezes, mal apreciados pelos viajantes e habitantes da região.  Em pequenos vilarejos não muito distantes de grandes pólos de patrimônios históricos  – como o Pelourinho, em Salvador e Olinda, em Pernambuco – é possível apreciar delicadas fachadas e platibandas, com portas e janelas coloridas artesanalmente a cal, caracterizando de forma única as casas populares do Brasil.

Essas casas gritantes podem ser vistas até mesmo nas periferias de centros urbanos. Muitas vezes formam faixas multicoloridas que se estendem por ruas inteiras ou pelo contorno de praças. “Arte de criadores anônimos, “casas sem-eira-nem-beira (sem pátio e beiral)” – como escreveu a fotógrafa Anna Mariani no livro “Pinturas e Plastibandas” – revelam que a herança africana e ibérica não se deu somente no cantar, no crer e no comer e sim fortemente na forma de morar do povo.

Da África, vieram alguns elementos e a tradição da pintura caseira, lá realizada pela dona-da-casa, suas parentes próximas e vizinhas. Uma forma de expressão feminina que carimba de maneira única cada lar. Da Península Ibérica vieram as formas arabescas que se repetem nos detalhes.

Segundo o historiador brasileiro Ulpiano Bezerra de Meneses “o habitar é um dos mais fecundos caminhos para o conhecimento da condição do homem nesta terra e da variedade de respostas que ele dá para  as condições e obstáculos que se apresentam”. Além da variedade de formas e cores que emergem da contemplação de uma fachada após a outra, é possível observar a surpreendente relação entre a arte moderna e as casas retratadas. As linhas elegantes da art déco, ora secas, ora sinuosas, podem ser encontradas em detalhes decorativos das casas de Duas Serras, na Bahia; de Cariri, no Ceará ou de Delmiro Gouveia, em Alagoas.

Em Bola, na Paraíba, e em Belo Jardim, em Pernambuco, fachadas com o geometrismo de cores vivas lembram as obras do holandês Piet Mondrian e outros nomes expressivos das principais correntes da arte abstrata. Em algumas cidadezinhas, as bandeirinhas que por décadas serviram de inspiração ao pintor Alfredo Volpi são reproduzidas em portas e janelas.

A presença de tais elementos se torna mais inusitada ao considerar que os construtores dessas casas nunca ouviram falar no movimento art déco, nem sequer sabem quem foi Mondrian ou o que fez Alfredo Volpi.

Para ir mais longe…

Viagens podem incluir desvios a praias paradisíacas

Para apreciar o colorido das fachadas é preciso se distanciar um pouco dos grandes centros urbanos nordestinos e adentrar o interior dos Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Sergipe e Paraíba. Acrescentar a estas viagens pontos turísiticos imperdíveis do Brasil torna a aventura ainda mais impressionante. Na Bahia, uma dica segura para uma viagem inesquecível  é Xique-Xique do Igatu, povoado localizado a aproximadamente 350 quilômetros de Salvador e tombado pelo patrimônio histórico nacional, que fica na região da Chapada de Diamantina, repleta de natureza e história.

Outra opção é sair de Salvador e seguir de carro pela linha verde, estrada litorânea que liga Salvador a Aracaju. Aqui, vê-se as fachadas quase que regularmente nas pequenas vilas e ainda é possível desfrutar de uma seqüência de praias paradisíacas como Massarandupió e Mangue Seco.

Luciana Napchan é fotógrafa, co-autora do  livro Parques Nacionais da América Latina, junto com o  ambientalista Walter Behr (2007).


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