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CAPA

PONTO DE PARTIDA (SM pág. 1)
Cremesp e Uniad, à frente do Movimento Propaganda Sem Bebida, levam à Brasília 600 mil assinaturas pela aprovação do PL 2733


ENTREVISTA (SM pág. 04)
Acompanhe uma conversa franca e informal com o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago


CRÔNICA (SM pág. 08)
A síndrome da hipocondríase dos terceiranistas de Medicina comprovadamente existe... por Moacyr Scliar


MEIO AMBIENTE (SM pág. 10)
A (difícil) convivência da nossa saúde - física e mental - com o trânsito caótico da cidade


SINTONIA (SM pág. 15)
A omissão terapêutica a pacientes terminais sob o ponto de vista jurídico


DEBATE (SM pág. 18)
Em discussão a relação do médico com o adolescente. Convidadas: Maria Ignez Saito e Albertina Duarte


COM A PALAVRA (SM pág. 26)
Chamado de bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis é analisado por José Marques Filho


HISTÓRIA (SM pág. 30)
Arquivo histórico da Unifesp: acervo surpreende pela diversidade de peças e documentos


ACONTECE (SM pág. 32)
Engenhocas de muita utilidade e outras nem tanto assim... confira as idéias patenteadas do Museu das Invenções. Ele existe!


CULTURA (SM pág. 35)
Exposição de Pets gigantes às margens do Rio Tietê conscientiza sobre preservação da água


GOURMET (SM pág. 38)
Prepare a mesa: você vai saborear um cuscuz marroquino fácil (mesmo!) de fazer


TURISMO (SM pág. 42)
Tranquilidade, coqueiros à beira-mar, belas praias e paisagens. Agende sua próxima viagem de férias para este paraíso...


POESIA
Gregorio Marañon, médico e escritor espanhol, fecha esta edição com simplicidade e emoção...


GALERIA DE FOTOS


Edição 43 - Abril/Maio/Junho de 2008

PONTO DE PARTIDA (SM pág. 1)

Cremesp e Uniad, à frente do Movimento Propaganda Sem Bebida, levam à Brasília 600 mil assinaturas pela aprovação do PL 2733

Propaganda sem bebida,
uma luta de todos

A inserção da publicidade de bebidas alcoólicas constitui um fator de risco para a iniciação de seu consumo, interferindo na saúde, nas atividades e na expectativa de vida da população. Estudos apontam que a idade média com que adolescentes iniciam a ingestão de bebida está caindo no Brasil, ao mesmo tempo em que a sua freqüência aumenta. Um terço dos adolescentes entre 14 e 17 anos consome, e mais de 20% dos que estão nessa faixa etária, do sexo masculino, já consumiram bebidas em excesso, em torno de cinco doses ou mais em um dia. Cerca de 65% dos estudantes de 1º e 2º graus ingerem álcool precocemente, sendo que a metade começou a beber entre 10 e 12 anos. Entre a população adulta, 33 milhões (28%) consomem bebidas alcoólicas em excesso. Dos brasileiros com idades entre 12 e 65 anos, 23 milhões (12%) preenchem os critérios para a dependência do álcool.

O consumo de bebidas é um dos mais graves problemas de saúde e segurança pública no Brasil, sendo responsável por mais de 10% dos casos de adoecimento e morte. Mais de 50% dos acidentes de trânsito fatais estão associados à ingestão de álcool. Seu consumo está também ligado ao abandono de crianças, aos homicídios, à delinqüência, à violência doméstica, aos abusos sexuais, a acidentes e mortes prematuras.

Esse quadro representa uma verdadeira epidemia que custa caro à sociedade e ao sistema público de saúde, provocando inúmeras doenças, além de atendimentos em prontos-socorros e internações. Impulsionado pela propaganda, o consumo da bebida cresce a cada ano.

A bebida mais consumida no Brasil é a cerveja, chegando a nove bilhões de litros ao ano. As campanhas publicitárias dirigem-se aos jovens de forma agressiva, mostrando o consumo em grandes quantidades e associado ao êxito social. Não é possível considerar a publicidade como expressão do direito à livre manifestação do pensamento, quando ela compromete a garantia de direitos fundamentais da juventude e adolescência, como saúde e educação.

A sua proibição é uma reivindicação da sociedade civil, por meio do Movimento Propaganda Sem Bebida, que tem à frente o Cremesp e a Unidade de Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – além de reunir mais de 300 organizações e instituições sociais. Defendemos a proibição da propaganda nos meios de comunicação e em eventos esportivos, culturais e sociais; e uma legislação semelhante à que limita as propagandas de cigarro no país. O movimento já recolheu mais de 600 mil assinaturas de apoio.

Produto nocivo à saúde, o ideal seria acabar com a publicidade de bebida alcoólica. Mas já seria um avanço considerável a aprovação do Projeto de Lei nº. 2733/08, alterando a Lei 9.294/96, que dispõe sobre as restrições à propaganda de bebidas. O PL, que está em trâmite na Câmara dos Deputados, iguala as cervejas aos destilados. Dessa forma, as propagandas de cerveja no rádio e na televisão serão permitidas somente das 21 horas às 6 horas, sendo proibidas nos intervalos das programações mais assistidas por crianças e adolescentes.

No dia 2 de abril, nos reunimos com o presidente da Câmara dos Deputados, o médico Arlindo Chinaglia, ocasião em que entregamos o abaixo-assinado com cerca de 600 mil adesões para apoiar a aprovação do PL 2733/08. No mesmo dia, entregamos um manifesto de apoio ao PL ao ministro da Saúde, o também médico José Gomes Temporão. O Cremesp está empenhado na aprovação desse projeto. A sociedade espera que os parlamentares tratem a propaganda de cerveja e outras bebidas como um grave problema de saúde pública.



Henrique Carlos Gonçalves
Presidente do Cremesp


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