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PONTO DE PARTIDA (PÁG.1)
Reflexões sobre temas desafiadores e essenciais


ENTREVISTA (PÁG. 4)
Regina Parizi "As mulheres precisam aceitar mais desafios"


CRÔNICA (PÁG. 10)
Não estou a seu serviço


VANGUARDA (PÁG.12)
Novos avanços no tratamento do câncer


CONJUNTURA (PÁG.16)
A escravidão não acabou


DEBATE (PÁG.20)
Somos o país mais corrupto do mundo?


SINTONIA (PÁG.26)
A doença como metáfora


HOBBY (PÁG. 30)
Todas as cores do mar


GIRAMUNDO (PÁG.34)
Arte, genética e ciência


PONTO COM (PÁG.36)
-


CULTURA (PÁG. 38)
Kobra, muralista internacionalmente reconhecido, começou fazendo grafites


TURISMO (PÁG. 42)
Santiago de Compostela


CARTAS E NOTAS ( PÁG. 46)
-


MÉDICOS QUE ESCREVEM (PÁG. 47)
Retrato da vida


FOTOPOESIA (PÁG. 48)
Em tudo nela brilha e queima


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Edição 82 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2018

HOBBY (PÁG. 30)

Todas as cores do mar

Todas as cores do mar

“Fascinante” é como o médico anestesiologista de Araraquara,
José Américo Sartori, descreve o mergulho em alto mar,
modalidade esportiva que pratica há mais de 20 anos

 

Em uma viagem para Fernando de Noronha, arquipélago do Estado de Pernambuco, em 1993, o médico araraquense José Américo Sartori fez a promessa – depois ter visto, com apenas um snorkel quase à beira mar, uma variedade imensa de peixes – de que voltaria, um dia, para fazer um mergulho equipado. Voltou não uma, mas quatro vezes. E foi assim que nasceu sua paixão pela prática esportiva.

Sartori é filho de um dos sócios-fundadores do Clube Náutico de Araraquara, e, hoje, faz parte de seu Conselho Deliberativo. Por conta disso, sempre esteve em contato com lagos, represas e piscinas. “Sou aficionado pela água”, confessa. Começou como nadador, depois velejador, na classe lazer; e, posteriormente, obteve a carteira de mestre amador, que permite pequenas viagens no mar, geralmente feitas por ele entre as ilhas de Ubatuba.

O grande impulso para o mergulho foi dado em um Projeto de Pesquisa Oceânica, realizado pelo oceanógrafo e ambientalista francês Jean-Michel Cousteau, nas ilhas Fiji. O médico foi selecionado para fazer parte do projeto e passou 20 dias mergulhando e tendo aulas sobre o tema. Fez, também, juntamente com mais dois casais de médicos, outros cursos, e começou a se aventurar pelo mar. “Fizemos cursos de mergulho avançado, de resgate e naufrágio. Depois começamos a nos aventurar, primeiro pela costa brasileira e depois pelo Caribe, Mar Vermelho e pela costa da Austrália”, conta.

Para ele, um fator essencial no mergulho é o planejamento prévio. “Começa com um jantar na casa de um de nós para escolher o local, um bom bate-papo e, depois, vários outros para decidir o que vamos conhecer na viagem”, relata. Geralmente, ele e os amigos ficam uma semana mergulhando no mar e reservam outra para o turismo local. “Costumamos fazer uma ou duas viagens desse tipo ao ano”, diz.
 


Sartori, durante mergulho com o filho e esposa
 

Medicina
Sem parentes médicos e sendo o primeiro da família a cursar uma universidade, José Sartori comenta que a escolha pela Medicina se deu de maneira despretensiosa. “Sempre gostei muito de biologia. Recebi estímulo grande de meu dentista, que me despertou o interesse por meio de slides de casos e procedimentos médicos”, lembra.

Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 1982. Escolheu a anestesiologia como especialidade, fazendo Residência no Centro de Ensino e Treinamento (CET) da Santa Casa de Ribeirão Preto. Atualmente, trabalha e é sócio-administrador do Serviço de Anestesia Araraquara (Saara).

Outra ocupação, no entanto, relaciona sua profissão diretamente ao hobby do mergulho. Sartori trabalha, também, como médico hiperbárico na Câmara Hiperbárica do Hospital São Paulo, em Ribeirão Preto. “A paixão pelo mergulho me fez estudar um pouco sobre Medicina Hipérbarica, o que me levou a fazer o curso e  trabalhar na área”.

Cuidados especiais

Alguns elementos são necessários e obrigatórios para o mergulho, de acordo com José Américo Sartori. Dentre eles, roupa adequada, máscara, nadadeira, cinto de lastros, colete e cilindro de ar comprimido. Todos podem ser alugados nas operadoras de mergulho. É preciso também ter o credenciamento, feito pelas operadoras para certificar a aptidão para a atividade. “Somos muito criteriosos com as normas de segurança e nesses mais de 20 anos nunca tivemos um acidente”, assegura o médico.

Além disso, ele in­dica que os mergulhos sejam em dupla e, sempre, com um guia local. Quem mergulha deve, também, manter a alimentação equilibrada nos dias anteriores à prática, devendo apenas não ingerir bebidas alcoólicas. “Para quem quer se iniciar nessa atividade, é essencial procurar uma boa escola e seguir as normas de segurança”, observa.

Fotografia subaquática
O interesse do médico por fotografar o fundo do mar surgiu da vontade e necessidade de registrar os melhores momentos de suas viagens. “No retorno sempre temos os encontros para mostrar as fotos”. No início, fotografava com máquinas compactas e amadoras. Depois, adquiriu equipamentos mais profissionais e fez diversos cursos. Hoje, Sartori já possui um prêmio no campeonato de foto subaquática na Austrália.

A paixão pelo mergulho também é compartilhada pela família. Sua esposa, a enfermeira Sergia, e seu filho, Lucas, também praticam mergulho. Sartori garante que o filho “está se tornando um bom fotógrafo subaquático”.

O mergulho e a fotografia são, cada vez mais, exercícios prazerosos e gratificantes, afirma ele. “Depois de algum tempo mergulhando e fotografando, aprendemos a observar o comportamento dos animais marinhos, a estudá-­los, e isso é fascinante.” O hobby traz também o prazer do silêncio do fundo no mar, no último mergulho, quebrado pelo canto das baleias.

(Colaborou: Julia Martins)  


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