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CAPA

PONTO DE PARTIDA (PÁG. 1)
O médico, os planos de carreira e os novos desafios


ENTREVISTA (PÁG. 4)
"É preciso aprender a gerir a própria emoção"


CRÔNICA (PÁG. 10)
Envelhecendo, mas sem desanimar


CONJUNTURA (PG. 12)
Você é Nomofóbico?


VANGUARDA (PG. 16)
Progressos da cirurgia bariátrica


DEBATE (PG. 20)
Planos de Carreira para Médicos


SINTONIA (PG. 26)
O Direito e a certeza médica


HISTÓRIA DA MEDICINA (PG. 29)
Como é bom ser bom


HOBBY (PG. 32)
Paixão pela arte e fascínio pela Medicina


GIRAMUNDO (PG. 36)
Cérebro criativo


PONTO COM (PG. 38)
Quem diria...


CULTURA (PG. 40)
Cultura, emoção e história


GOURMET (PG. 44)
De bem com a vida


FOTOPOESIA (PÁG. 48)
Trajetório Poética do Ser


GALERIA DE FOTOS


Edição 83 - Abril/Maio/Junho de 2018

HOBBY (PG. 32)

Paixão pela arte e fascínio pela Medicina

Haja coração, poderia dizer o médico Ricardo Marchetti Palmarini. Na profissão, optou
pela Cardiologia. Como hobby, escolheu, orientado por seu talento, claro, o desenho e a pintura, mexendo com corações e mentes por meio da emoção que a arte desperta. Suas obras retratam, quase sempre, figuras humanas tocantes e realistas. “Sempre me envolvi com diversas atividades em minha vida. Acho importante, pois ajudam a desenvolver o lado intelectual, assim como a parte psicológica, inclusive para entender o outro”, explica.

A arte, de alguma forma, sempre esteve presente em sua trajetória. Desfrutava das manifestações artísticas e culturais de sua cidade natal, tocando, por exemplo, na banda marcial, e cantando no coral. Foi também escoteiro, respondendo ao seu interesse em aprender e aprofundar conhecimentose experiências variadas.

A inspiração para o desenho e a pintura veio da irmã, Rosângela, que também é artista, mas adepta de um estilo diferente daquele seguido pelo cardiologista. Contudo, para Palmarini, talento, apenas, não basta. Buscou aprimorar seu lado artístico na Panamericana Escola de Arte e Design, onde estudou de 2006 a 2009. Desde então, não parou de produzir novas obras, que totalizam, aproximadamente, 2 mil desenhos e pinturas. Além de pessoas, elas retratam, também, viagens e momentos cotidianos do artista.

Para o médico, qualquer hora é boa para começar uma obra. Papel e caneta à mão já são motivos suficientes. “Desenho em qualquer papel que tenho à frente. Às vezes, o paciente falta, e estou sem fazer nada, começo a rabiscar. Tanto que acabei por carregar, sempre, um bloco de desenho comigo”, diz.

A melhor ilustração que fez, em sua opinião, foi a que representa um mendigo, ao qual ele observava de dentro do seu carro, com os olhos lacrimejando (desenho no alto desta pág., à direita). Respira fundo ao relatar esse momento. “Meu envolvimento com esse homem, apesar de nem ter conversado com ele – fotografei-o de dentro do carro – foi muito marcante. Era um mendigo mexendo no lixo, procurando comida.Emociono-me demais ao lembrar essa cena”, conta.

Palmarini não para. Está sempre investindo em cursos e materiais, a fim de adquirir novos conhecimentos e técnicas. Não à toa, seu filho caçula, Luca, está seguindo o mesmo caminho artístico. O garoto, de 19 anos, faz pinturas que impressionam. O mais velho, Daniel, optou pela engenharia, mas carrega uma ampla bagagem cultural, pois o médico sempre fez questão de proporcioná-la aos filhos, principalmente por meio das viagens que a família faz.

As viagens não são apenas turísticas, mas, sempre que possível, envolvem arte e história. Cita como exemplo a que ele, a esposa, Anabela, e os filhos, fizeram para Florença e Veneza, na Itália. Foram à casa onde morou Leonardo da Vinci, que o cardiologista descreve como o maior gênio da história da humanidade. Visitaram
também o túmulo do artista. “Fomos para a região onde ele morou, não só buscando sua história, mas também a do Renascimento. Fiz vários desenhos lá”, lembra.

Daniel faz aniversário no dia 14 de julho – data da queda da Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão, que marcou, em 1789, o início do caráter popular da Revolução Francesa e o declínio da monarquia absolutista. Quando ele completou 18 anos, a família viajou à França e celebrou a data, admirando o cartão postal de Paris, a Torre Eiffel.

 

As atividades da família também incluem a cultura paulistana. Dentre os roteiros e lugares preferidos, estão o vão livre do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), o bairro da Vila Madalena e o Parque do Ibirapuera, que despertam também
inspirações para desenhos e pinturas.

Suas obras podem ser apreciadas pelas redes sociais Instagram e Facebook. Também expôs algumas delas no Museu Brasileiro de Escultura (Mube), na cidade de São Paulo; no Espaço Henfil de Cultura, em São Bernardo do Campo; e na Casa do Médico de Santo André.

Medicina
Primeiro e único médico na família até o momento, Palmarini nasceu em Cravinhos, pequena cidade próxima a Ribeirão Preto, no Interior paulista. O fascínio pela Medicina surgiu desde a infância, enquanto passava por consultas com o médico da cidade, cujo trabalho observava e admirava. Contou, também, com o incentivo de uma professora do quinto ano do primeiro grau, da escola na qual estudava.


Palmarini e o filho, Luca

Formou-se pela Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, em 1989. O interesse pela Cardiologia começou durante a época da faculdade, quando já se identificava com o estudo do aparelho circulatório. Fez o internato no Hospital do Servidor Estadual, em São Paulo; Residência em Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), e, em Cardiologia, no Instituto Dante Pazzanese. Em seguida, especializou-se também em Ecocardiografia e fez Administração Hospitalar, na Fundação Getúlio Vargas. Atualmente, trabalha em sua clínica de medicina diagnóstica, em São Bernardo do Campo. 

“Faço eco fetal, de criança, de adulto... Muitas vezes, estou com o paciente, e o desenrolar do quadro clínico não está bom. Peço-lhe para deitar, para fazer uma eco. É um desafio diário, pois não sei qual vai ser o resultado daquele paciente à minha frente”, observa. “Sempre me imaginei como cardiologista, mas não sei o que realmente
me influenciou. A Medicina era o fascínio gigantesco, mas eu tinha de me especializar e, dentro dessa área, assim como na arte, tento me embrenhar em coisas nas quais ainda não domino tudo. Comecei a ler e me aprofundar na especialidade. Isso se tornou um grande prazer para mim, assim como a arte”, conclui.

Colaborou: Maria Melo


 


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